terça-feira, 14 de julho de 2009

TANGRAM






O tangram é um quebra-cabeça chinês, de origem milenar, composto de apenas sete peças com as quais é possível criar e montar cerca de 1700 figuras de animais, pessoas, plantas, objetos, letras, números e figuras geométricas.

Segundo Patrícia Cândido, coordenadora do Mathema (www.mathema.com.br) é possível utilizar o tangram para desenvolver algumas habiidades como : visualização, percepção espacial, análise, desenho, escrita e construção, noções de áreas e de frações. E também diversos conteúdos:
  • Identificação, comparação, descrição, classificação e desenho de formas geométricas planas;
  • Visualização e representação de figuras planas;
  • Exploração de transformações geométricas através de decomposição e composição de figuras;
  • Compreensão das propriedades das figuras geométricas planas;
  • Representação e resolução de problemas usando modelos geométricos.
É importante que as atividades iniciais sejam de exploração das peças e identificação das suas formas, para que posterirmente trabalhe com a sobreposição e construção de figuras dadas a partir de uma silhueta, cabendo ao aprendiz o reconhecimento e a interpretação do que lhe é pedido, a análise das possibilidades e a tentativa da construção.


MATERIAL DOURADO






O Material Dourado é um dos muitos materiais idealizados pela médica e educadora italiana Maria Montessori (1870-1952) para o trabalho com Matemática.

Embora especialmente elaborado para o trabalho com aritmética, a idealização deste material seguiu os mesmos princípios Montessori para a criação de qualquer um dos seus materiais, a educação sensorial:

  • Desenvolver na criança a independência, conficança em si mesma, a concentração, a coordenação e a ordem;
  • Gerar e desenvolver experiências concretas estruturadas para conduzir, gradualmente a abstrações cada vez maiores;
  • Fazer a criança, por ela mesma, perceber os possíveis erros que comete ao realizar uma determinada ação com o material;
  • Trabalhar com os sentidos da criança.
Aqui a sugestão é utilizar o Material Dourado para auxiliar a aprendizagem do sistema de numeração decimal-posicional.

1ª MOSTRA DE RECURSOS ESTRUTURADOS

Sob a orientação da Professora Zélia Bezerra, o VI Período de Pedagogia realizou pesquisas sobre os diversos jogos estruturados que podem servir de recursos para as aulas de Matemática, auxiliando no trabalho do professor e contribuindo para a aprendizagem do aluno.

Os recursos escolhidos para a apresentação da oficina foram os seguintes: Material Dourado, Tangram, Ladrilhamento, Barra de Fração, Barras de Cuisenaire e Blocos Lógicos.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

O RECURSO AOS JOGOS - PCN MATEMÁTICA

Além de ser um objeto sociocultural em que a Matemática está presente, o jogo é uma atividade natural no desenvolvimento dos processos psicológicos básicos; supõe um “fazer sem obrigação externa e imposta”, embora demande exigências, normas e controle.

No jogo, mediante a articulação entre o conhecido e o imaginado, desenvolve-se o autoconhecimento — até onde se pode chegar — e o conhecimento dos outros — o que se pode esperar e em que circunstâncias.

Para crianças pequenas, os jogos são as ações que elas repetem sistematicamente mas que possuem um sentido funcional (jogos de exercício), isto é, são fonte de significados e, portanto, possibilitam compreensão, geram satisfação, formam hábitos que se estruturam num sistema. Essa repetição funcional também deve estar presente na atividade escolar, pois é importante no sentido de ajudar a criança a perceber regularidades.

Por meio dos jogos as crianças não apenas vivenciam situações que se repetem, mas aprendem a lidar com símbolos e a pensar por analogia (jogos simbólicos): os significados das coisas passam a ser imaginados por elas. Ao criarem essas analogias, tornam-se produtoras de linguagens, criadoras de convenções, capacitando-se para se submeterem a regras e dar explicações.

Além disso, passam a compreender e a utilizar convenções e regras que serão empregadas no processo de ensino e aprendizagem. Essa compreensão favorece sua integração num mundo social bastante complexo e proporciona as primeiras aproximações com futuras teorizações.

Em estágio mais avançado, as crianças aprendem a lidar com situações mais complexas (jogos com regras) e passam a compreender que as regras podem ser combinações arbitrárias que os jogadores definem; percebem também que só podem jogar em função da jogada do outro (ou da jogada anterior, se o jogo for solitário). Os jogos com regras têm um aspecto importante, pois neles o fazer e o compreender constituem faces de uma mesma moeda.

A participação em jogos de grupo também representa uma conquista cognitiva, emocional, moral e social para a criança e um estímulo para o desenvolvimento do seu raciocínio lógico.

Finalmente, um aspecto relevante nos jogos é o desafio genuíno que eles provocam no aluno, que gera interesse e prazer. Por isso, é importante que os jogos façam parte da cultura escolar, cabendo ao professor analisar e avaliar a potencialidade educativa dos diferentes jogos e o aspecto curricular que se deseja desenvolver.